quinta-feira, 31 de março de 2011

Mensagem do dia
Quinta-Feira, 31 de março 2011
Resgate pela oração

"Estando Pedro ainda a falar, o Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a (santa) palavra. Os fiéis da circuncisão, que tinham vindo com Pedro, profundamente se admiraram, vendo que o dom do Espírito Santo era derramado também sobre os pagãos; pois eles os ouviam falar em outras línguas e glorificar a Deus" (At 10,44-46).

Ore por toda a sua casa e deixe o Espírito Santo que habita em você fluir. Sua oração será como a oração de Moisés no alto do monte, sustentado por Aarão e Hur, e a vitória de Deus será conquistada.

Não permita que o inimigo de Deus leve seus filhos, seu marido, sua família. Não perca aquilo que você construiu com tanta lágrima, suor, sangue. Não perca os seus tesouros para o maligno, porque são seus e de Deus.

Você resgatará o que é de Deus pela oração, pela intercessão no Espírito. Da mesma forma, não perca os membros do seu grupo de oração, as pessoas que vieram buscar a Deus! Não perca os jovens do grupo.

Deus o abençoe!


Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 30 de março de 2011

Reforma Ortográfica

Uma questão de tempo

Demorei para aprender ortografia. E essa aprendizagem contou com a ajuda dos editores de texto, no computador. Quando eu cometia uma infração, pequena ou grande, o programa grifava em vermelho meu deslize. Fui assim me obrigando a escrever minimamente do jeito correto. Mas de meu tempo de escola trago uma grande descoberta, a do monstro ortográfico. O nome dele era Qüeqüi Güegüi. Sim, esse
animal existiu de fato. A professora de Português nos disse que devíamos usar trema nas sílabas qüe, qüi, güe e güi quando o u é pronunciado. Fiquei com essa expressão tão sonora quanto enigmática na cabeça. Quando meditava sobre algum problema terrível
– pois na pré-adolescência sempre temos problemas terríveis –, eu tentava me libertar da coisa repetindo em voz alta: “Qüeqüi Güegüi”. Se numa prova de Matemática eu não conseguia me lembrar de uma fórmula, lá vinham as palavras mágicas.
Um desses problemas terríveis, uma namorada, ouvindo minha evocação, quis saber o que era esse tal de Qüeqüi Güegüi.
– Você nunca ouviu falar nele? – perguntei.
– Ainda não fomos apresentados – ela disse.
– É o abominável monstro ortográfico – fiz uma falsa voz de terror.
– E ele faz o quê?
– Atrapalha a gente na hora de escrever.
Ela riu e se desinteressou do assunto. Provavelmente não sabia
usar trema nem se lembrava da regrinha.
Aos poucos, eu me habituei a colocar as letras e os sinais no
lugar certo. Como essa aprendizagem foi demorada, não sei se
conseguirei escrever de outra forma – agora que teremos novas
regras. Por isso, peço desde já que perdoem meus futuros erros,
que servirão ao menos para determinar minha idade.
– Esse aí é do tempo do trema.

Por Miguel Sanches Neto

Tudo sobre o novo acordo ortográfico

Novo acordo ortográfico

Falar sobre o novo acordo ortográfico implica saber que em termos históricos já se fizeram várias tentativas de unificação da ortografia da língua portuguesa, sendo que a primeira data de 1911, que culminou em Portugal na primeira grande reforma. Depois existiram várias tentativas, sendo a mais importante a de 1990 que é a que está por trás de todo o celeuma levantado actualmente sobre esta questão.

Quando vai entrar em vigor este acordo?

Seguindo o disposto numa reunião da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizada em Julho de 2004 em São Tomé e Príncipe, ficou decidido que para o novo acordo entrar em vigor, bastaria que três países o ratificassem. O Brasil em Outubro de 2004, Cabo Verde em Abril de 2005 e São Tomé em Novembro de 2006 ratificaram o acordo, estando assim cumprido o disposto nessa reunião da CPLP. Em Portugal, este acordo foi ratificado pelo Governo a 6 de Março de 2008, faltando a aprovação no Parlamento ou pelo Presidente da República. Caso seja aprovado, entrará imediatamente em vigor, no entanto está permitida uma fase de adaptação de 6 anos onde são permitidas as duas grafias.

O que muda, afinal?

O alfabeto português passará de 23 para 26 letras, com a inclusão em definitivo do k (capa ou ), do w (dáblio, dâblio ou duplo vê), y (ípsilon ou i grego).

O uso de maiúsculas e minúsculas obedece a novas regras:

  1. os meses do ano e os pontos cardeais deverão ser escritos emminúsculas (janeiro, fevereiro e norte, sul, etc.).
  2. poder-se-á usar maiúsculas ou minúsculas em títulos de livros, no entanto a primeira palavra será sempre maiúscula (Insustentável Leveza do Serou Insustentável leveza do ser)
  3. também é permitida dupla grafia em expressões de tratamento (Exmo. Sr.ou exmo. sr.) em sítios públicos e edifícios (Praça da República oupraça da república) e em nomes de disciplinas ou campos do saber (História ou história, Português ou português)

A supressão de consoantes mudas tal como o nome indica, vai levar ao desaparecimento de consoantes, em que o critério para tal é a sua pronúncia.

  1. cc - ex.: transacionado, lecionar. Mantém-se em friccionar,perfeccionismo, por se articular a consoante.
  2. - ação, ereção, reação. Mantém-se em fricção, sucção.
  3. ct - ato, atual, teto, projeto. Mantém-se em facto, bactéria, octogonal.
  4. pc - percecionar, anticoncecional. Mantém-se em núpcias, opcional.
  5. - adoção, conceção. Mantém-se em corrupção, opção.
  6. pt - Egito, batismo. Mantém-se em inapto, eucalipto.

Passam a ser suprimidos alguns acentos gráfico em palavras graves:crêem, vêem, lêem passam a creem, veem e leem; pára, pêra, pêlo, pólopassam a para, pera, pelo e polo. As palavras acentuadas no ditongo oi e eipassam a ser escritas sem acento: estoico, paleozoico, asteroide e boleia,plateia, ideia. Existe também a supressão completa do trema(¨): aguentar (e não agüentar), frequente (e não freqüente), linguiça (e não lingüiça). Supressão do acento circunflexo em abençoo, voo, enjoo.

O uso do hífen vai ser suprimido em:

  1. palavras compostas em que o prefixo termina em vogal e o sufixo começa em r ou s, dobrando essa consoante: cosseno, ultrassons, ultrarrápido.
  2. o prefixo termina em vogal diferente da incial do sufixo: extraescolar,autoestrada, intraósseo.
  3. formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver: hei de,hás de.

O hífen emprega-se em:

  1. palavras compostas onde a última vogal do prefixo coincide com a inicial do sufixo, excepto o prefixo co- que se algutina ao sufixo iniciado por o:contra-almirante, micro-organismo, coobrigação.
  2. palavras que designam espécies da Biologia ou Zoologia: águia-real,couve-flor, cobra-capelo.

Pode existir dupla grafia em algumas palavras?

Sim. Isso está previsto no novo acordo por existirem diferenças na pronúncia de país para país assim temos:

característicacaraterística
intersecçãointerseção
infecciosoinfecioso
factofato
olfactoolfato
conceçãoconcepção
súbditosúdito
amnistiaanistia
amígdalaamídala
súbtilsútil
académicoacadêmico
ingénuoingênuo
séniorsênior
cómicocômico
vómitovômito
fémurfêmur
abdómenabdômen
bónusbônus
bebébebê
purépurê
judojudô
metrometrô
andámosandamos

Argumentos a favor

- aproximação da oralidade à escrita

- actualmente a Língua Portuguesa é a única que tem duas grafias oficiais

- simplicidade de ensino e aprendizagem

- unificação de todos os países de língua oficial portuguesa

- fortalecimento da cooperação educacional dos países da CPLP

- evolução da língua portuguesa

- pequena quantidade de vocábulos alterados (1,6% em Portugal e 0,45% no Brasil)

- o português é o 5º idioma mais falado no mundo e o 3º no mundo Ocidental. A unificação das grafias permite aumentar, ou pelo menos manter a força da Língua Portuguesa no panorama mundial

Argumentos contra

- evolução não natural da língua

- tentar resolver um “não-problema”, uma vez que as variantes escritas da língua são perfeitamente compreensíveis por todos os leitores de todos os países da CPLP

- desrespeito pela etimologia das palavras

- a não correspondência da escrita à oralidade. Por exemplo, existem consoantes cuja função é abrir vogais, mas que o novo acordo considera mudas nomeadamente em tecto, passando a escrever-se teto, dever-se-ia ler como teto (de seio)?

- processo dispendioso (revisão e nova publicação de todas as obras escritas, os materiais didáticos e dicionários tornar-se-ão obsoletos, reaprendizagem por parte de um grande número de pessoas, inclusivé crianças que estão agora a dar os primeiros passos na escrita)

- o facto de não haver acordo, facilita o dinamismo da língua, permitindo cada país divergir e evoluir naturalmente, pelas próprias pressões evolutivas dos diferentes contextos geo-sócio-culturais como no caso do Inglês ou do Castelhano

- afecto com a grafia actual

- falta de consulta de linguistas e estudo do impacto das alterações

Em termos legais e jurídicos também parece haver falta de consenso:

"Vasco Graça Moura, escritor e tradutor premiado e deputado noParlamento Europeu (e ex-advogado), o mais conhecido dos detractores portugueses do Acordo, defende que o Segundo Protocolo Modificativo, como qualquer outra convenção internacional, só obriga à sua aplicação em cada país se for ratificado por todos os países signatários, o que ainda não aconteceu. Ou seja, só depois de todos os países ratificarem este Protocolo é que estes ficam obrigados a implementar o Acordo internamente caso este seja ratificado por três países. A racionalidade jurídica dum tratado que obriga um país a aprovar outro tratado caso este seja aprovado por países terceiros é disputada. No entanto, o argumento da ilegalidade da ratificação do Protocolo modificativo de 2004 é contestado pelojurista Vital Moreira[8]."

in Acordo Ortográfico de 1990 - Wikipédia, a enciclopédia livre

Por tudo o que foi dito, parece-me que ainda vai correr muita tinta, e muita discussão sobre este acordo. Como diz o ceguinho: “A ver vamos!”

Fontes:


Quarta, 30 de Março de 2011

Ao nos distanciarmos do Senhor, caímos no vazio

Muitas vezes, nós não sabemos exprimir nem fazer a leitura das aspirações mais profundas do nosso coração; isso nos leva a correr de um lado para o outro, inquietos e agitados, buscando respostas, querendo nos agarrar a algo ou a alguém. Em outras palavras, consciente ou inconscientemente, fica-nos esta pergunta:

De onde vim? Para onde vou? Qual a minha origem? Qual é a minha meta? Donde vem e para onde vai tudo o que existe?

“Deus criou todas as coisas, não para aumentar a sua glória, mas para manifestar a glória e para comunicar a sua glória. Pois a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus. O fim último da criação, é que Deus, Criador do universo, tornar-se-á ‘tudo em todas as coisas’ (I Cor 15,28), ao mesmo tempo a sua glória e a nossa felicidade” (Catecismo da Igreja Católica, 293,294).

Quando nos distanciamos do Senhor, caímos no nada, no vazio, porque o que dá sentido verdadeiro à nossa existência é amá-Lo e louvá-Lo, porque fomos criados para o louvor da glória de Deus.

Hoje é o dia de voltarmos para o nosso Criador com o coração contrito e repleto de amor e gratidão. Somente n’Ele encontramos repouso e sentido para a nossa vida!

Jesus, eu confio em Vós!


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As ameaças contra a família

A mentalidade consumista e antinatalista é uma ameaça

No Sínodo dos Bispos, em 1980, sobre a família, os Bispos apontaram os pontos mais preocupantes: "A proliferação do divórcio e do recurso a uma nova união por parte dos mesmos fiéis; a aceitação do matrimônio meramente civil, em contradição com a vocação dos batizados 'a casarem-se no Senhor' (1 Cor7, 39), a celebração do matrimônio sem uma fé viva, mas por outros motivos; a recusa das normas morais que guiam e promovem o exercício humano e cristão da sexualidade no matrimônio" (Familiaris Consórtio,7).

Na Carta às Famílias, escrita em 1994, no Ano da Família, o Papa João Paulo II afirmou:

"Nos nossos dias, infelizmente, vários programas sustentados por meios muito poderosos parecem apostados na desagregação da família. Muitas vezes até parece que se procura, de todas as formas possíveis, apresentar como 'regulares' e atraentes, conferindo-lhes externas aparências de fascínio, situações que, de fato, são 'irregulares' [...]. Fica obscurecida a consciência moral, aparece deformado o que é verdadeiro, bom e belo, e a liberdade acaba suplantada por uma verdadeira e própria escravidão" (CF, 5).

Mostrando que a mentalidade consumista e antinatalista é uma ameaça à família, o saudoso Pontífice declara:

"(...) uma civilização, inspirada numa mentalidade consumista e antinatalista, não é uma civilização do amor e nem o poderá ser nunca. (FC 13).

Mostrando os riscos que o "amor livre" e o "sexo seguro" representam hoje para a família, o Santo Padre adverte:

"O chamado 'sexo seguro', propagandeado pela civilização técnica, na realidade é, sob o perfil das exigências globais da pessoa, 'radicalmente não seguro', e mais, gravemente perigoso.

"Sem dúvida, contrário à civilização do amor é o chamado 'amor livre', tanto mais perigoso por ser habitualmente proposto como fruto de um sentimento 'verdadeiro', quando, efetivamente destrói o amor. Quantas famílias foram levadas à ruína precisamente por causa do 'amor livre![...]. Mas não se tomam em consideração todas as consequências que daí derivam, especialmente, quando além do cônjuge, devem pagá-los os filhos, privados do pai ou da mãe e condenados a serem, de fato, 'órfãos de pais vivos' " (CF, 14).

Quando, em 1994, justo no Ano da Família (pasmem!), o Parlamento Europeu, tristemente, reconheceu a validade jurídica dos matrimônios entre homossexuais, até admitindo a adoção de crianças por eles, João Paulo II reagiu de maneira forte e imediata:

"Não é moralmente admissível a aprovação jurídica da prática homossexual. Ser compreensivos para com quem peca, e para com quem não é capaz de libertar-se desta tendência, não significa abdicar das exigências da norma moral [...]. Não há dúvida de que estamos diante de uma grande e terrível tentação" (20/02/94).

O pior problema, hoje, das famílias desestruturadas, não é de ordem financeira, mas moral. Quando os pais têm caráter, fé, ou como o povo diz: "tem vergonha na cara", por mais pobre que seja, será capaz de impedir a destruição do seu lar. São inúmeros os casais pobres, mas que com uma vida honesta, de trabalho e honradez, educaram muitos filhos e formaram bons cristãos e honestos cidadãos.

Não consigo aceitar a desculpa de um pai ao afirmar que a sua família se destruiu por causa da sua pobreza. Sempre haverá alguém com o coração aberto para ajudar um pai trabalhador, especialmente quando este tem filhos para criar.

Na Exortação Apostólica Familiaris Consórtio (Sobre a Família), o Papa João Paulo II apontou os graves perigos que ameaçam hoje a família:

"Não faltam sinais de degradação preocupante de alguns valores fundamentais: uma errada concepção teórica e prática da independência dos cônjuges entre si; as graves ambiguidades acerca da relação de autoridade entre pais e filhos [...]. O número crescente dos divórcios; a praga do aborto; o recurso cada vez mais frequente à esterilização; a instauração de uma verdadeira e própria mentalidade contraceptiva" (FC, 6).

A Declaração do Rio de Janeiro sobre a Família, que traz as conclusões do Congresso Teológico-Pastoral, realizado em 3 de outubro, denunciou:

"A família está sob a mira de ataque em muitas nações. Uma ideologia antifamília tem sido promovida por organizações e indivíduos que, muitas vezes, não obedecem a princípios democráticos" (1.1).

"Temos testemunhado uma guerra contra a família, em nível tanto nacional quanto internacional. Nesta década, em Conferências das Nações Unidas, têm sido vistas tentativas para 'desconstruir' a família, de forma que o sentido de 'casamento', 'família' e 'maternidade' é agora contestado. Tem sido estabelecida uma falsa posição entre os direitos da família e os de seus membros individuais. Sob o nome de liberdade, têm sido promovidos 'direitos sexuais' espúrios e 'direitos de reprodução'. Entretanto, estes direitos estão, de fato, principalmente, a serviço do controle populacional. São inspiradas em teorias científicas em descrédito, num feminismo ultrapassado e numa mal direcionada preocupação com o meio ambiente" (1.2).

"Uma linha social-materialista, ao lado do egoísmo e da responsabilidade, contribui para a dissolução da família, deixando uma multidão de vítimas indefesas. A família está sofrendo com a desvalorização do casamento através do divórcio, da deserção e da coabitação [...]. Tanto a violência contra as mulheres aumenta, como a violência do aborto; o infanticídio e a eutanásia calam fundo no coração da família. Na verdade, as famílias de hoje estão ameaçadas por uma sub-reptícia cultura da morte" (1.4).

"A dissolução da família é uma das maiores causas da pobreza em muitas sociedades [...]" (1.5).

"A família é o 'santuário da vida'. Seu compromisso com a proteção e a nutrição da vida, desde o momento da concepção, é preenchido verdadeiramente com a paternidade responsável" (3.3).

Esses alertas do Papa e do Congresso Teológico são seríssimos e devem colocar cada cristão em prontidão para uma verdadeira cruzada em defesa da família, ameaçada até pela ONU!

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Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de ap

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Bullying: as faces de uma violência oculta

Se existe uma cultura de violência, espalhemos uma contracultura




Uma violência física, mas, muitas vezes, psicológica: este é o bullying, termo que tem origem na palavra inglesa bully, que significa "brigão", "valentão". Na prática, traduz-se em atos de covardia, tirania, agressão, opressão, maus-tratos, ironias, que acontecem de forma repetitiva e não necessariamente com uma agressão física, mas na maioria das vezes acompanhado de tratamento ofensivo, ameaças e torturas psicológicas. Essas agressões possuem um caráter intencional e, muitas vezes, a pessoa que sofre o bullying pode ser abordada por uma ou por várias pessoas.

Forma de violência que tem crescido no mundo, pode fazer vítimas em diversos contextos sociais: escola, família, universidade, vizinhança, local de trabalho. Pode começar com um simples apelido "inofensivo", mas que pode ter grande repercussão para a pessoa atingida.

Sabemos que essa prática existe há muito tempo, mas nem sempre recebeu esse nome. Estudos mostram a preocupação de vários setores da sociedade com o crescente número desses casos de agressão, especialmente nas escolas.

Aquele que sofre com o bullying, muitas vezes, vive esse processo sozinho. Podemos observar que, além do isolamento ou da queda do aproveitamento escolar de uma criança ou jovem que passa por essa situação, ela também pode iniciar um processo de adoecimento psicossomático, de estado emocional, sintomas depressivos, estresse elevado; e tudo isso somado pode afetar sua personalidade. Ao ser ridicularizada a pessoa passa a não enfrentar mais o contato social e, aos poucos, perde o prazer em atividades sociais, como frequentar a escola, lazer ou qualquer situação em que necessite se expor, por medo de ser novamente vítima desse processo.

Esse fenômeno leva a pessoa vítima da agressão mobilizar seu medo, sua angústia e a reprimir a raiva e até mesmo a ter sentimentos de culpa, como se ela fosse responsável pelos ataques sofridos. Muitas vezes, não há denúncia, pois o agredido teme ser ainda mais perseguido; de forma que o agressor se vale desse silêncio como proteção e anonimato.

Um dado muito importante deve servir de alerta para todos nós: estudos mostram que, em 80% dos casos, aqueles que praticam esse tipo de violência afirmam que a causa principal desse comportamento é a necessidade de replicar em outras pessoas a violência que sofreram em casa ou na própria escola. As atitudes dessas pessoas envolvem a necessidade de dominar, de impor autoridade e coagir, desejando, na verdade, ser aceitas e pertencer ao grupo e de chamar a atenção para si. Mostra ainda a dificuldade de lidarem com seus sentimentos, de colocarem-se no lugar do outro e perceberem os sentimentos das pessoas.

Aqueles que agridem passam a ter um comportamento de distanciamento e dificuldade em alcançar um bom rendimento escolar; nota-se que valorizam muito a violência como fonte de poder e tais fatos podem levar a comportamentos desadaptados na fase adulta.

Nosso papel é trabalhar com os grupos sociais nos quais vivemos, começando pelo núcleo familiar, o trabalho de valorização de princípios como respeito às diferenças, a tolerância, a convivência fraternal e de acolhimento das pessoas, valorizando a harmonia e a disponibilidade e refazer sua história, pois embora deixe lembranças, é possível refazer o caminho de vida, tanto para agressor quanto para agredido. É importante que pais, educadores, religiosos, líderes comunitários e empresas possam conversar abertamente sobre esse assunto, visando propostas para reverter este quadro.

Se existe uma cultura de violência, que se dissemina entre as pessoas, é importante que possamos espalhar uma contracultura de paz, especialmente nas crianças, que precisam ser moldadas e nelas semeadas boas sementes de paz, amor, harmonia. Vivemos um tempo de aprendizado de como lidar com isso: escolas, pais, agressores e agredidos, muitas vezes, não sabem o que fazer, mas o grande plano neste momento é aprender com o incentivo de gestos de compreensão, de cada vez mais cultivar o respeito às diferenças individuais e o olhar de fé e atitude de cada um de nós.



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Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com

Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova.
Blog: temasempsicologia.wordpress.com
Twitter: @elaineribeirosp



segunda-feira, 28 de março de 2011

Segunda, 28 de Março de 2011

Temos um fiel companheiro ao nosso lado

Ao longo da nossa caminhada, sempre precisamos de alguém que nos ajude e nos dê uma direção. Quando bate o cansaço, muitas vezes queremos ser carregados, quando nos deparamos com o novo, ficamos inseguros e de alguma forma queremos ser protegidos, e em meio a tantas situações que surgem na nossa vida, que não sabemos como lidar, desejamos ter uma ajuda adequada para nos socorrer, e graças a Deus que temos sempre ao nosso lado a presença do nosso anjo da guarda, que está sempre ao nosso dispor. Precisamos contar sempre e em todos os momentos com o nosso anjo da guarda, conversar com ele, pedi o seu auxílio desde as situações mais simples até as mais complexas. Deixemo-nos guiar pelo nosso anjo e com certeza a nossa vida tomará um novo rumo. O nosso anjo tem um especial cuidado com a nossa salvação eterna, portanto, obedeçamos a sua voz.

“Não desprezeis nenhum desses pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus vêem continuamente a face de meu Pai que está nos céus” (Mt 18,10).

Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém






Segunda, 28 de março de 2011
Preciso rezar sobre tudo que faço?


É uma questão de experiência. Ninguém poderá lhe responder isso se você não chegar às suas próprias conclusões.

Experimente rezar antes de todo e qualquer passo. É impressionante descobrir que o Espírito Santo é tão amigo de nossas almas - que é impossível que Ele não tenha uma palavra, um sentimento, uma inspiração – para nos orientar, seja para o que for.

De modo que a vontade de Deus vai se concretizando pouco a pouco, em cada pequena ação.

Mas lembre-se: Você precisa experimentar! Oração é sempre uma experiência que a gente necessita fazer para crescer pessoal e espiritualmente.




Estou rezando por você!


Mensagem do dia
Segunda-Feira, 28 de março 2011
O Espírito Santo vem em nosso auxílio

"O Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. E Aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus" (Rm 8,26-27).

Na intercessão, o Espírito Santo vem em nosso auxílio porque não sabemos o que devemos pedir, nem sabemos orar como convém. Não sabemos como rezar pelas pessoas e, muitas vezes, nos encontramos em situações complicadas quando estamos angustiados. Nesses momentos, o Paráclito vem em nosso auxílio e ora com gemidos inefáveis.

Ele, que conhece todas as coisas, sabe orar como convém. Ele sabe orar por seu filho, por sua filha, por seu marido, por sua esposa, pelos problemas de sua casa. Ele ora em você: você entrega ao Espírito Santo seus lábios, sua voz, seu corpo inteiro como um instrumento. Você se coloca nas mãos d'Ele e Ele é quem faz a oração – usa sua voz, seus lábios e ora de acordo com sua verdadeira necessidade.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib

domingo, 27 de março de 2011

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Retiro Popular - Terceiro Domingo da Quaresma

Cristo, fonte de água viva

O caminho quaresmal em direção à Páscoa nos oferece a mensagem de três encontros com Cristo, correspondentes ao itinerário batismal de todas as pessoas de fé: a mulher samaritana, o cego de nascença e Lázaro, o amigo de Jesus. Nestes encontros, está também a nossa humanidade, a revelação de Jesus nos aspectos de nosso batismo a ser renovado na Páscoa.

Acolhamos estas três figuras do Evangelho como companhia na estrada que vai ao monte da Páscoa. A esta altura da Quaresma, todos nós estamos em ritmo de revisão de vida, animados pela leitura orante da Palavra de Deus, conscientes de que os exercícios penitenciais nos estimulam a um novo impulso de vivência da fé.

A samaritana encontra Jesus junto ao poço de Jacó (Jo 4,5-42). Uma mulher na rotina monótona de sua vida. Descobre a existência do pecado, a própria fraqueza e a exploração de que é vítima. No fundo, uma grande insatisfação e a sede de felicidade e de paz, o desejo de uma nova vida, na qual a mulher se sinta restaurada em sua dignidade. Chama-se Salvação esta novidade! Nessa mulher estão todos os nossos sonhos, todo o nosso desejo de graça e salvação.

Só a presença e a pessoa de Jesus a fazem descobrir algo novo e melhor. No coração da samaritana e em sua situação de amargura, na qual se encontrava mais ou menos acomodada, o Mestre escava para descobrir uma fonte de água, fazendo-a descobrir a si mesma a partir de sua própria humanidade; e se realiza o encontro da salvação.

Jesus se revela fonte de água viva que jorra para a vida eterna, fonte do Espírito Santo. Ele é o novo Moisés que toca com a força de sua palavra a rocha do coração da mulher. Jesus perdoa o pecado e dá um novo sentido à existência. Ele muda, converte e é fonte de felicidade para a samaritana e para cada cristão.

O passo de Retiro no terceiro domingo da Quaresma é a participação na Santa Missa, bem preparada pela leitura e meditação dos textos da Sagrada Escritura propostos pela Igreja. Em muitas paróquias, realizam-se neste período os escrutínios de jovens e adultos que receberão os sacramentos da iniciação cristã na Vigília Pascal. Para quem faz o Retiro Popular, este pode ser também o tempo adequado para conhecer pessoas que ainda não foram batizadas e apresentá-las à Igreja. Elas poderão se inscrever no catecumenato de adultos. Você pode ser instrumento de Deus para tais pessoas!

Jesus se serve várias vezes da água para conduzir seus interlocutores às realidades espirituais.
Em Caná, transformou a água em vinho (Jo 2,8-10). No encontro com Nicodemos, convida a nascer da água e do Espírito (Jo3,4-5).
Hoje, com a samaritana, partindo da água do poço de Jacó, fala da água que jorra para a vida eterna. Vamos ao poço!
“Hoje não fecheis o vosso coração, mas ouvi a voz do Senhor”.


Ex 17,3-7

Sl 94 (95),1-2.6-7.8-9 (R/. 8)

Rm 5,1-2.5-8

Jo 4,5-42

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Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.












Propósito da semana: Faça jejum

Nesta edição do programa 'Propósito', o missionário Alexandre de Oliveira o convida a fazer o jejum, outra prática propícia na Quaresma.

Pelo jejum nos recordamos de que "não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que vem da boca de Deus" (cf. Mt 4,4). "Muitas pessoas torcem o nariz quando falamos de jejum, mas essa prática é a oração mais sincera que existe. Jejum não é para passar fome; é para nos disciplinar", explicou o consagrado.

Ao jejuar, o cristão deve concentrar-se não somente na abstenção de alimentos ou de bebidas, como também no significado mais profundo dessa iniciativa. Essa prática tem como finalidade nos levar a um equilíbrio necessário e ao desprendimento daquilo que podemos chamar de "atitude consumista", característica da nossa civilização. Há dois dias no ano em que a Igreja recomenda aos católicos que jejuem: Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira da Paixão.

sexta-feira, 25 de março de 2011

FORMAÇÕES

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O peso de uma realização

Quando a esposa não deseja assumir uma ocupação profissional

O papel dos cônjuges no casamento está em dividir as responsabilidades. Até pouco tempo, parecia convencionado que era função do marido suprir as necessidades financeiras do lar, e à esposa cabia a administração da casa.
Já há algumas décadas, com a participação da esposa no orçamento doméstico, os papéis entre marido e mulher se misturaram na intenção de prover o conforto familiar. As questões financeiras, dentro da vida conjugal, sempre serão um fator estressante, especialmente, quando os rendimentos não suprem as despesas necessárias para a manutenção da casa.

Sabemos que todo rendimento adicional, para a família, faz com que os planos e sonhos do casal se realizem mais rapidamente, melhorando o estilo de vida, entre outras coisas. Acredito, ainda, que a vantagem para todos aqueles que estão envolvidos em outras esferas sociais, além do ambiente familiar, está numa maior integração social. Com isso, expande-se o círculo de amizades, tornam-se mais informados a respeito dos acontecimentos e, consequentemente, ganha-se na elevação da autoestima.

Apesar de o trabalho trazer para todos a oportunidade da realização profissional, para as esposas, essa proposta vem acompanhada de um peso adicional. A mulher que trabalha fora vive algumas dificuldades, dentre as quais podemos mencionar o estresse em função das jornadas múltiplas que acontecem entre o trabalho, a casa, o marido, além da preocupação em deixar as crianças com babás ou com algum parente próximo.

Por necessidade ou por uma questão de realização profissional, a compensação para as esposas que ingressam no mercado de trabalho está na segurança financeira, na sensação de cooperarem efetivamente para a concretização de um projeto de vida, além da autonomia de adquirirem um objeto ou um bem importante de consumo, entre outras coisas. Para alguns casais, no entanto, essa questão gera um impasse quando o marido deseja que a esposa volte ao mercado de trabalho e ela, por sua vez, não se sente impulsionada a isso.

Algumas esposas se sentem realizadas em seus afazeres domésticos, mesmo entendendo que a jornada em casa, quase sempre, extrapola as 8 horas diárias de trabalho. Por isso, relutam em acolher a proposta de se desvincularem de sua rotina. Outras se sentem inferiorizadas em voltar ao mercado de trabalho por terem interrompido os estudos prematuramente ou por estarem há muito tempo fora do mercado de trabalho. Dessa maneira, reviver a experiência de uma ocupação profissional, a qual, anteriormente, foi tão comum, será tão desafiante quanto foi para elas conseguirem o primeiro emprego.

Antes que o marido faça de sua vontade uma atitude imperativa, seria importante destacar, em conjunto com a esposa, as razões pelas quais ele acredita ser necessária a contribuição dela no orçamento doméstico. Longe de qualquer imposição, o marido passaria a conhecer as razões pelas quais a esposa não manifesta interesse em assumir uma ocupação profissional. Nessa conversa, será importante, para ambos, apontar os benefícios e as desvantagens sobre a possibilidade da mulher deixar as ocupações domésticas. Pois, com a saída da esposa para o mercado de trabalho, outras despesas certamente surgirão, visto que alguém precisará realizar os trabalhos, antes feitos por ela.

Sem hesitação e sem qualquer troca de acusações sobre quem gasta de maneira exagerada, o casal deve conversar sobre os benefícios que a família passaria a ter com a força do trabalho da esposa. E o caminho que pode facilitar o entendimento sobre a realidade econômica familiar seria, por exemplo, com a participação dela na elaboração da planilha de orçamentos domésticos.

Uma vez conhecidos os motivos da resistência da esposa ao retorno ao mercado de trabalho, o casal precisa encontrar um meio de contornar esse impasse, para que as possíveis providências sejam tomadas e uma nova proposta seja aceita com maior tranquilidade, adequada para a realidade dos cônjuges.

Um abraço!