sexta-feira, 29 de abril de 2011

A IMPORTANCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE EDUCAR

A importância da família no processo de educar

A mim me dá pena e preocupação quando convivo com famílias que experimentam a “tirania da liberdade” em que as crianças podem tudo: gritam, riscam as paredes, ameaçam as visitas em face da autoridade complacente dos pais que se pensam ainda campeões da liberdade. (PAULO FREIRE, 2000: 29)

A sociedade moderna vive uma crise de valores éticos e morais sem precedentes. Essa é uma constatação que nada tem de original, pois todos a estão percebendo e vivenciando de alguma maneira. O fato de ser uma professora a fazer essa constatação também não é nenhuma surpresa, pois é na escola que essa crise acaba, muitas vezes, ficando em maior evidência.

Nunca na escola se discutiu tanto quanto hoje assuntos como falta de limites, desrespeito na sala de aula e desmotivação dos alunos. Nunca se observou tantos professores cansados, estressados e, muitas vezes, doentes física e mentalmente. Nunca os sentimentos de impotência e frustração estiveram tão marcantemente presentes na vida escolar.

Para Esteve (1999), toda essa situação tem relação com uma acelerada mudança no contexto social. Segundo ele,

Nosso sistema educacional, rapidamente massificado nas últimas décadas, ainda não dispõe de uma capacidade de reação para atender às novas demandas sociais. Quando consegue atender a uma exigência reivindicada imperativamente pela sociedade, o faz com tanta lentidão que, então, as demandas sociais já são outras (1999: 13).

Por essa razão, dentro das escolas as discussões que procuram compreender esse quadro tão complexo e, muitas vezes, caótico, no qual a educação se encontra mergulhada, são cada vez mais freqüentes. Professores debatem formas de tentar superar todas essas dificuldades e conflitos, pois percebem que se nada for feito em breve não se conseguirá mais ensinar e educar. Entretanto, observa-se que, até o momento, essas discussões vêm sendo realizadas apenas dentro do âmbito da escola, basicamente envolvendo direções, coordenações e grupos de professores. Em outras palavras, a escola vem, gradativamente, assumindo a maior parte da responsabilidade pelas situações de conflito que nela são observadas.

Assim, procura-se em novas metodologias de trabalho, por exemplo, as soluções para esses problemas. Computadores e programas de última geração, projetos multi e interdisciplinares de todos os tipos e para todos os gostos, avaliações participativas, enfim uma infinidade de propostas e atividades visando a, principalmente, atrair os alunos para os bancos escolares. Não é mais suficiente a idéia de uma escola na qual o individuo ingressa para aprender e conhecer. Agora a escola deve também entreter.

No entanto, apesar das diferentes metodologias hoje utilizadas, os problemas continuam, ou melhor, se agravam cada vez mais, pois além do conhecimento em si estar sendo comprometido irremediavelmente, os aspectos comportamentais não têm melhorado. Ao contrário. Em sala de aula, a indisciplina e a falta de respeito só têm aumentado, obrigando os professores a, muitas vezes, assumir atitudes autoritárias e disciplinadoras. Para ensinar o mínimo, está sendo necessário, antes de tudo, disciplinar, impor limites e, principalmente, dizer não.

A questão que se impõem é: até quando a escola sozinha conseguirá levar adiante essa tarefa? Ou melhor, até quando a escola vai continuar assumindo isoladamente a responsabilidade de educar?

São questões que merecem, por parte de todos os envolvidos, uma reflexão, não só mais profunda, mas também mais crítica. É, portanto, necessário refletir sobre os papéis que devem desempenhar nesse processo a escola e, conseqüentemente, os professores, mas também não se pode continuar ignorando a importância fundamental da família na formação e educação de crianças e adolescentes.

Voltando a analisar a sociedade moderna, observa-se que uma das mudanças mais significativas é a forma como a família atualmente se encontra estruturada. Aquela família tradicional, constituída de pai, mãe e filhos tornou-se uma raridade. Atualmente, existem famílias dentro de famílias. Com as separações e os novos casamentos, aquele núcleo familiar mais tradicional tem dado lugar a diferentes famílias vivendo sob o mesmo teto. Esses novos contextos familiares geram, muitas vezes, uma sensação de insegurança e até mesmo de abandono, pois a idéia de um pai e de uma mãe cuidadores dá lugar a diferentes pais e mães “gerenciadores” de filhos que nem sempre são seus.

Além disso, essa mesma sociedade tem exigido, por diferentes motivos, que pais e mães assumam posições cada vez mais competitivas no mercado de trabalho. Então, enquanto que, antigamente, as funções exercidas dentro da família eram bem definidas, hoje pai e mãe, além de assumirem diferentes papéis, conforme as circunstâncias saem todos os dias para suas atividades profissionais. Assim, observa-se que, em muitos casos, crianças e adolescentes acabam ficando aos cuidados de parentes (avós, tios), estranhos (empregados) ou das chamadas babás eletrônicas, como a TV e a Internet, vendo seus pais somente à noite.

Toda essa situação acaba gerando uma série de sentimentos conflitantes, não só entre pais e filhos, mas também entre os próprios pais. E um dos sentimentos mais comuns entre estes é o de culpa. É ela que, na maioria das vezes, impede um pai ou uma mãe de dizer não às exigências de seus filhos. É ela que faz um pai dar a seu filho tudo o que ele deseja, pensando que assim poderá compensar a sua ausência. É a culpa que faz uma mãe não avaliar corretamente as atitudes de seu filho, pois isso poderá significar que ela não esteve suficientemente presente para corrigi-las.

Enfim, é a culpa de não estar presente de forma efetiva e construtiva na vida de seus filhos que faz, muitas vezes, um pai ou uma mãe ignorarem o que se passa com eles. Assim, muitos pais e mães acabam tornando-se reféns de seus próprios filhos. Com receio de contrariá-los, reforçam atitudes inadequadas e, com isso, prejudicam o seu desenvolvimento, não só intelectual, mas também, mental e emocional.

Esses conflitos acabam agravando-se quando a escola tenta intervir. Ocorre que muitos pais, por todos os problemas já citados, delegam responsabilidades à escola, mas não aceitam com tranqüilidade quando essa mesma escola exerce o papel que deveria ser deles. Em outras palavras,

[...] os pais que não têm condições emocionais de suportar a sua parcela de responsabilidade, ou culpa, pelo mau rendimento escolar, ou algum transtorno de conduta do filho, farão de tudo, para encontrar argumentos e pinçar fatos, a fim de imputar aos professores que reprovaram o aluno, ou à escola como um todo, a total responsabilidade pelo fracasso do filho (ZIMERMAN apudBOSSOLS, 2003: 14).

Assim, observa-se que, em muitos casos a escola (e seus professores) acaba sendo sistematicamente desautorizada quando, na tentativa de educar, procura estabelecer limites e responsabilidades. O resultado desses sucessivos embates é que essas crianças e adolescentes acabam tornando-se testemunhas de um absurdo e infrutífero cabo-de-guerra, entre a sua escola e a sua família. E a situação pode assumir uma maior complexidade porque, conforme também explica Zimerman, “o próprio aluno, que não suporte reconhecer a responsabilidade por suas falhas, fará um sutil jogo de intrigas que predisponha os pais contra os professores e a escola” (apud BOSSOLS, 2003: 14).

Entretanto, é importante compreender que, apesar de todas as situações aqui expostas, o objetivo não é o de condenar ou julgar. Está-se apenas demonstrando que, ao longo dos anos, gradativamente a família, por força das circunstâncias já descritas, tem transferido para a escola a tarefa de formar e educar. Entretanto, essa situação não mais se sustenta. É preciso trazer, o mais rápido possível, a família para dentro da escola. É preciso que ela passe a colaborar de forma mais efetiva com o processo de educar. É preciso, portanto, compartilhar responsabilidades e não transferi-las.

É dentro desse espírito de compartilhar que não se pode deixar de citar a iniciativa do MEC, que instituiu a data de 24 de abril como o Dia Nacional da Família na Escola. Nesse dia, todas as escolas são estimuladas a convidar os familiares dos alunos para participar de suas atividades educativas, pois segundo declaração do ex-Ministro da Educação Paulo Renato Souza "quando os pais se envolvem na educação dos filhos, eles aprendem mais".

A família deve, portanto, se esforçar em estar presente em todos os momentos da vida de seus filhos. Presença que implica envolvimento, comprometimento e colaboração. Deve estar atenta a dificuldades não só cognitivas, mas também comportamentais. Deve estar pronta para intervir da melhor maneira possível, visando sempre o bem de seus filhos, mesmo que isso signifique dizer sucessivos “nãos” às suas exigências. Em outros termos, a família deve ser o espaço indispensável para garantir a sobrevivência e a proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como se vêm estruturando (KALOUSTIAN, 1988).

Educar, portanto, não é uma tarefa fácil, exige muito esforço, paciência e tranqüilidade. Exige saber ouvir, mas também fazer calar quando é preciso educar. O medo de magoar ou decepcionar deve ser substituído pela certeza de que o amor também se demonstra sendo firme no estabelecimento de limites e responsabilidades. Deve-se fazer ver às crianças e jovens que direitos vêm acompanhados de deveres e para ser respeitado, deve-se também respeitar.

No entanto, para não tornar essa discussão por demais simplista, é importante, entender, que quando se trata de educar não existem fórmulas ou receitas prontas, assim como não se encontra, em lugar algum, soluções milagrosas para toda essa problemática. Como já foi dito, educar não é uma tarefa fácil; ao contrário, é uma tarefa extremamente complexa. E talvez o que esteja tornando toda essa situação ainda mais difícil seja o fato de a sociedade moderna estar vivendo um momento de mudanças extremamente significativas.

Segundo Paulo Freire: “A mudança é uma constatação natural da cultura e da história. O que ocorre é que há etapas, nas culturas, em que as mudanças se dão de maneira acelerada. É o que se verifica hoje. As revoluções tecnológicas encurtam o tempo entre uma e outra mudança” (2000: 30). Em outras palavras, está-se vivendo, em um pequeno intervalo de tempo, um período de grandes transformações, muitas delas difíceis de serem aceitas ou compreendidas. E dentro dessa conjuntura está a família e a escola. Ambas tentando encontrar caminhos em meio a esse emaranhado de escolhas, que esses novos contextos, sociais, econômicos e culturais, nos impõem.

Para finalizar esse texto é importante fazer algumas considerações que, se não trazem soluções definitivas, podem apontar caminhos para futuras reflexões. Assim, é preciso compreender, por exemplo, que no momento em que escola e família conseguirem estabelecer um acordo na forma como irão educar suas crianças e adolescentes, muitos dos conflitos hoje observados em sala de aula serão paulatinamente superados. No entanto, para que isso possa ocorrer é necessário que a família realmente participe da vida escolar de seus filhos. Pais e mães devem comparecer à escola não apenas para entrega de avaliações ou quando a situação já estiver fora de controle. O comparecimento e o envolvimento devem ser permanentes e, acima de tudo, construtivos, para que a criança e o jovem possam se sentir amparados, acolhidos e amados. E, do mesmo modo, deve-se lutar para que pais e escola estejam em completa sintonia em suas atitudes, já que seus objetivos são os mesmos. Devem, portanto, compartilhar de um mesmo ideal, pois só assim realmente estarão formando e educando, superando conflitos e dificuldades que tanto vêm angustiando os professores, como também pais e os próprios alunos.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

FRASE DO DIA

"Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém,
posso apenas dar boas razões para que gostem de mim...
e ter paciência para que a vida faça o resto.

(William Shakespeare)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

FORMAÇÕES

Imagem de Destaque

Os encontros de uma noite

Dificilmente o príncipe encantado vai cair do céu

A partir da revolução sexual dos anos 60 muitas coisas interferiram no comportamento dos jovens. Quem já tem mais de 40, certamente se lembra das muitas etapas vividas nos anos que viriam a seguir… Apesar de todo o liberalismo alcançado, o desejo das pessoas de encontrar alguém para viver um sadio relacionamento ainda continua vivo. De maneira especial as mulheres que se preocupam com o avanço do tempo e ainda não conseguiram encontrar seu par. Outras, por terem vivido um relacionamento frustrado, procuram estabelecer um romance duradouro com alguém que realmente as faça felizes. Algumas dessas já namoraram, já viveram vários relacionamentos de curtíssima duração, outras até tinham um “ficante fixo”, mas entre tantas experiências, ninguém parecia ser adequado para o projeto de um relacionamento sólido.

É bem sabido pela maioria das pessoas que, a cada final de semana, quase sempre, a proposta para a diversão não está somente em conviver com outras pessoas, mas sim de não passar a noite sozinhos. De maneira equivocada, algumas pessoas acreditam que em meio às breves experiências de namoro poderão encontrar seu par ideal. Em outras palavras, elas procuram encontrar alguém especial vivendo inúmeros namoricos. Como se desses encontros fosse possível detectar a(o) namorada(o) perfeita(o) para então viverem o sonhado relacionamento. Outros acreditam que por não terem ainda encontrado a mulher ou o homem da sua vida justificam a atitude de viver um encontro com a duração de uma noite.

Dessa forma, as abordagens quase sempre seguem os mesmos rituais, tanto para homens quanto para as mulheres. Sem rodeios procuram conduzir o encontro para uma intimidade, na qual o casal tem como motivação o vínculo passageiro. E quando acontece do rapaz se deparar com uma moça que resiste a tal proposta ou não responde com o mesmo interesse, sem pestanejar, desvia seus objetivos em direção a uma outra pretendente.

Nessas investidas masculinas estará como alvo as jovens que se vestem de maneira mais provocante ou aquelas que expressam em gestos uma predisposição para um relacionamento-relâmpago.

Como que se vivessem num círculo vicioso, a mesma atitude vai se repetir por muitos finais de semanas e festas oportunas. E os comentários entre os amigos(as), já não tão discretos, seria a respeito de quem foi ou como foi a noite com essa ou aquela pessoa.

Sabemos que, para encontrar alguém, precisamos também "nos desinstalar", pois dificilmente o príncipe encantado vai cair do céu e bater à porta da jovem. E a frustração de muitos relacionamentos está no fato de as pessoas perceberem que, apesar de terem vivido muitos momentos, nenhum desses eventos foram duradouros o bastante como gostariam que acontecesse.
Contudo, a maneira de conquistar alguém com intenções de viver um relacionamento mais sério, certamente, não será por meio das mesmas abordagens vividas nos finais semana anteriores. Tampouco será a extroversão abusada ou a concordância para um programinha que vai garantir a conquista de alguém.

Dessa forma, a pessoa que deseja algo diferente para si começará a entender os motivos de seus relacionamentos frustrados quando, sem hesitação, responder de maneira diferente às investidas costumeiras dos pretendentes de plantão. E uma primeira mudança a ser tomada estaria na própria maneira de ver a pessoa do sexo oposto. Agora não como alguém que serviria apenas de muletas para suprir suas carências, mas de forma a encontrar uma pessoa como quem poderá viver a realização de um chamado para uma vida a dois e de maneira sóbria.

Um abraço e até o próximo encontro.

Foto

Dado Moura



Segunda, 25 de abril de 2011
O que Jesus pede de mim?


Não vamos complicar! Para nós, todos nós cristãos, Nosso Senhor pede apenas três coisas: que preguemos Seu Evangelho, curemos os doentes e expulsemos os demônios. Essa é nossa missão e, é claro, nossa parte na missão de toda a Igreja.

Portanto, entre tantas tarefas e busca de sentido na vida, é preciso que revejamos a vida e nos adequemos ao que, de fato, oferece sentido ao que somos: cristãos!

Coragem! Também fiquei muito questionado!

Com carinho e orações,


Segunda, 25 de Abril de 2011

Jesus está vivo

Jesus Cristo ressuscitou verdadeiramente! Aleluia!

Ressurreição é vida nova, e não faz sentido viver de maneira velha. Deixemo-nos contagiar pela Boa Nova: Jesus está vivo e está no meio de nós; espalhemos esta verdade a todas as pessoas como bons propagandistas da Verdade, que salva e liberta, obedecendo à ordem de Jesus: “Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galiléia. Lá eles me verão” (Mt 28,10).

Façamos hoje o exercício de sermos portadores da Boa Nova em todos os momentos.

Senhor, dá-nos a graça de experimentarmos a cada momento a força da ressurreição.

Jesus, eu confio em Vós!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Quinta, 21 de abril de 2011
O segredo do amor


O verdadeiro amor não desiste de amar! A força que o mantém assim é a gratuidade. Enquanto continuarmos esperando por um pagamento por nossos gestos de amor, ele será sempre fraco, desiludido e, portanto, desistirá facilmente de tudo e de todos.

Amor que ama para valer, nunca espera nada em troca: eis a razão de sua força!

Com carinho e orações,








Quinta, 21 de Abril de 2011

Hoje é o grande dia

Há dias e dias na nossa vida. Nenhum dia é igual ao outro; cada um tem a sua novidade própria. Hoje é o grande dia da instituição da Eucaristia, do corpo e do sangue do Senhor, o nosso alimento na caminhada até chegarmos ao céu. Precisamos viver intensamente este grande evento, que nos prepara para a celebração da festa da nossa salvação.

Eis o relato desse grande dia que São Paulo narra-nos: O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti: na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória” (I Cor 11,23-24).

Hoje é atualizado este dia para nós, a quinta-feira santa, o dia que Jesus ’sabendo que ia passar deste mundo para o Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou’.

Jesus vivo na Eucaristia, fazei-nos viver a santidade deste dia.

Jesus, eu confio em Vós!

-> - Foto: WEB
Este é um mal negócio ou Este é um mau negócio?
A garota saiu mal na prova? ou A garota saiu mau na prova?

Eis aí uma dualidade de expressões que às vezes nos confunde no momento de empregá-las corretamente, pois são palavras homófonas, ou seja, possuem o mesmo som, embora denotem sentidos diferentes.

Quando usar Mau? No momento em que houver possibilidade de substituirmos pela palavra Bom, que é o seu antônimo.

E quando usar Mal? Somente quando puder ser substituído por Bem. Muito simples, não?

Mal pode aparecer como:
- Advérbio - Neste caso ele é invariável- A garota foi mal recebida.
- Substantivo - Varia em número - Há males que vêm para o bem.

Mau ocorre como:
- Adjetivo - Varia em gênero e número- Não eram maus alunos, somente tinham dificuldade em assimilar.
- Palavra substantivada - Os bons vencerão os maus.

Para compreendermos melhor, atente-se para estas frases:
a) Hoje eu estou passando muito mal. (Bem)
b) Sua tristeza é um mau sinal. (Bom)
c) O mercado de trabalho está repleto de maus funcionários. (Bons)
d) Ela está sempre de mau humor. (Bom)
e) Seu convite será mal aceito por todos. (Bem)


(Fonte: www.ex-vermelho1.blogspot.com/)



Os verbos que derrubam

É preciso tomar cuidado ao conjugar termos que são verdadeiras armadilhas para redatores e oradores
Josué Machado


Talvez a mais complexa das dez classes gramaticais da língua, verbo é a palavra que exprime e situa temporalmente ações, estados ou mudanças de estado dos seres e fenômenos da natureza. Tempo, modo, pessoa, número são os instrumentos gramaticais do verbo.

A teoria é entediante, mas pode-se dizer aqui rapidamente que os verbos se classificam de acordo com:
  • Flexão - regulares, irregulares, anômalos, defectivos e abundantes;
  • Função - na frase, auxiliares ou principais;
  • Significado ou aspecto - aumentativo, diminutivo, frequentativo, incoativo, conclusivo e imitativo;
  • Formação - primitivos, derivados, simples e compostos, segundo o radical.
Como o estudo do verbo abrange um universo muito amplo, o que mais interessa aqui são exemplos de formas capazes de induzir ao erro na flexão. E considerar que os verbos irregulares são os mais usado

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Definição de DISCIPLINA do Wikidicionario:

1. os regulamentos que orientam certos corpos, certas instituições
2. instrução moral; educação; ensino.
3. a boa ordem que resulta da obediência à lei

Essa é a solução para educar filhos obedientes, preparados para o futuro e felizes! Bater só vai gerar medo e submissão. Conversar não vai adiantar nada, pois criança peralta quando ouve um conselho, entra por um ouvido e sai pelo outro. É a disciplina aplicada pelos pais que vai garantir uma excelente educação de filhos.

DISCIPLINA

É mostrar na prática o que é certo e o que é errado...
É mostrar na prática o que é bom e o que é ruim...
É mostrar na prática o que deve ser feito e o que não deve ser feito...

É tirar algo que o filho gosta quando ele desobedece os pais...
É dar algo que o filho deseja quando ele tira notas excelentes...
É repreender na hora certa e elogiar cada conquista dos filhos...

É mostrar que um irmãozinho chegando é algo positivo...
É mostrar que quem obedece a professora aprende mais...
É mostrar que quem come frutas e legumes vive mais e melhor...

É ensinar com calma...
É repreender com autoridade...
É amar incondicionalmente.

- Educação...
- Nãos e Sins na hora certa...
- Autoridade e Diálogos na hora certa...
- Carinho e Repreensão na hora certa...
- Amor e Disciplina na hora certa...

Essa é a receita para que as crianças sejam bem educadas!

É necessário que os pais do Brasil se conscientizem de que a situação pode ser revertida sim. E que a atitude principal para que isso aconteca depende deles, pois os filhos não são nada além do reflexto dos pais.

Pais autoritários, resultam em filhos medrosos...
Pais permissivos, resultam em filhos egocêntricos...
Pais amorosos e disciplinadores, resoltam em filhos educados e felizes!

Amor e Disciplina na medida certa! Essa é a solução para quem quer educar seus filhos corretamente. Até porque... Quem ama, Educa!


O segredo é olhar para o alto sempre

É maravilhoso contemplar um novo dia, porque sabemos que o amanhecer é um presente de amor de Deus para cada um de nós. Antes de fazermos qualquer coisa, olhemos para o céu e contemplemos sua beleza, a nova paisagem que o Senhor criou hoje para todos nós, a cor das nuvens, o formato delas; olhemos as árvores e flores ao nosso derredor. Observemos o sorriso das crianças, olhemos nos olhos das pessoas que encontrarmos hoje, e vamos além: olhemos o coração delas.

Dessa forma, com certeza, este dia terá um novo brilho e um novo significado; e, encorajados com esse novo olhar, nossa atitude diante dos obstáculos será outra.

Hoje o convite que o salmista nos faz é: “Lembrai as maravilhas de Deus, seus prodígios e as palavras de seus lábios” (Salmo 104, 1.2).

Enchamos hoje o coração de louvor em gratidão ao Senhor por todos os Seus benefícios em nossa vida, dizendo-Lhe: Obrigada, Jesus!

Jesus, eu confio em Vós

seria o sonho mais encantado para o nosso Brasil
e principalmente para o Brasil
dos nossos netos.

ESTÁ COMEÇANDO EM SÃO PAULO...

...SE DER CERTO, E UM DIA VAI DAR, VAI CHEGAR EM TODO O BRASIL !!!!!

12 de Março de 2011 - Um milhão de pessoasna Avenida Paulista pela demissão de toda a classe política !


Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra a chulisse, está a começar. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm andado a fazer, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos filhos! Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer -quase-tudo, para mudar o rumo deste abuso.

Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] d

o Brasil falam em cortes de despesas - mas não dizem quais - e aumentos de impostos a pagar.

Nenhum governante fala em:

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas,
14..o e 15.o saláriosetc.) dos poderes da República;

2. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode. Redução no mandato de Senador para 4 anos (igual aos outros mandatos);

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de
reais/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros?s e não são verificados como podem ser auditados?

6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais...;

7. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades;

8. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;

9. Acabar com os motoristas particulares 24 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...

10. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado;

11. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc;

12. Acabar com o vaivém semanal dos deputados e respectivas estadias em em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes;

13. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES....;

14. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir aos apadrinhados do poder - há hospitais de cidades com mais administradores que pessoal administrativo... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder...

15. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;

16. Acabar com as várias aposentadorias por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.

17. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes, cpmf, precatórios;

18. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimônios de forma indevida e à custa do contribuinte, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controle, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam;

19. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;

20. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

29.. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu patrimônio antes e depois.

30. Pôr os Bancos pagando impostos. 31. Pôr os Bancos atendendo a população em horário comercial (08:00hs às 18:00hs), o que com certeza os obrigará a contratar mais gente, criando mais empregos e atendendo melhor aos clientes.

31. TODOS OS QUE ALMEJAM O SERVIÇO PÚBLICO, SEJAM SUBMETIDOS A EXAMES PSICOLÓGICOS E PSICOTÉCNICOS ,FEITOS POR UMA JUNTA SUPERIOR DE SAÚDE.

POLÍTICOS PARA GOVERNAR UMA NAÇÃO COM 200 MILHÕES DE HABITANTES DEVEM

FAZER O MESMO QUE É FEITO COM COMANDANTES DE LINHAS AÉREAS(EXAMES MÉDICOS DE 6 EM 6 MESES)


quarta-feira, 13 de abril de 2011

Como interpretar um texto



Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finalidade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de necessitar de um bom léxico internalizado.
As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto.
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor diante de uma temática qualquer.

Denotação e Conotação

Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma convenção. É baseado neste conceito de signo lingüístico (significante + significado) que se constroem as noções de denotação e conotação.
O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada construção frasal, uma nova relação entre significante e significado.
Os textos literários exploram bastante as construções de base conotativa, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores.
Ainda com base no signo lingüístico, encontra-se o conceito de polissemia (que tem muitas significações).
Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e esclareçam o sentido.

Como Ler e Entender Bem um Texto

Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extraem-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para resumir a idéia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça a memória visual, favorecendo o entendimento.
Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes.
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor.
A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa.
Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter idéia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta será mais consciente e segura.

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NÃO DEIXE QUE A CALÚNIA O PERTURBE!
TODOS NÓS ESTAMOS SUJEITOS À CALUNIA.
MAS SAIBA SUPERÁ-LA VIVENDO DE TAL MANEIRA
QUE O CALUNIADOR NÃO TENHA RAZÃO. NÃO REVIDE
UM ATAQUE COM OUTRO ATAQUE. NÃO SE MAGOE
COM O CALUNIADOR. PERDOE SEMPRE. APENAS VIVA
DE TAL MANEIRA, QUE JAMAIS O CALUNIADOR TENHA RAZÃO.
C. TORRES PASTORINO

terça-feira, 12 de abril de 2011

Crônica de Luiz Fernando Veríssimo

Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto,
não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho,
requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente
tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes,
que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele,
vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.
Uma metade de alguém que será guiada por nós
e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade,
a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples...
é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.
Luís Fernando Veríssimo

A Gramática entrou pelo cano!!!!!!!

Já enfrentou um alagamento gramatical? Na sua posição já teve problemas com preposição? Então leia o texto abaixo:

- Pai! Dá para o senhor pagar uma professora particular para mim?

O pai, que acabara de chegar e nem tinha ainda respirado o oxigênio do lar, olhou para a esposa sem entender e em seguida dirigiu a palavra ao filho:

- Meu querido filho, você já está na escola pública, porque não temos dinheiro para pagar uma escola particular. Como vou tirar dinheiro do salário pra pagar uma professora particular?

Os olhos do menino lacrimejaram ao ouvir as considerações do pai e as lágrimas atingiram como uma bola de canhão o coração do velho, que prometeu até arrumar uma solução:

- Qual é o problema, filho?

- Preposição!

O pai torceu o nariz, pois aquele assunto pertencia à gramática e essa era também, para ele, uma questão não resolvida desde a época de estudante. O homem quase não dormiu a noite, estudava uma maneira prática de ensinar o conceito e a função dessa classe gramatical.

O sol raiou com o sorriso do menino nos lábios, também pudera, são poucos os pais que se prontificam a estudar com os filhos. Aguardava ansiosamente o momento. O pai abriu o livro na página 45 e leu o enunciado:

- "Preposição é a palavra invariável que liga dois termos"! - Pensou um pouco depois continuou - Eu não entendo muito bem da Língua Portuguesa, mas vamos tentar entender brincando com alguns canos no quintal!

Os olhos do menino brilharam naquele momento. O pai saiu e retornou logo em seguida com alguns tubos velhos de PVC e algumas conexões, em seguida foi até a mangueira de água, sob o olhar de admiração do filho, conectou um tubo no outro diante do olhar de incredulidade da mãe, que por mais que se esforçasse, não conseguia ver a ligação entre a gramática e o alagamento do quintal. Logo que a água começou a tomar conta do quintal, o pai já ouviu a primeira crítica sobre a sua estratégica pedagógica:

- Só faltava essa! Tamanho marmanjo brincando com água!!

Rindo e já molhado argumentou sem muita segurança:

- Não é brincadeira é uma aula sobre Preposição!!

O homem mostrava ao filho que o líquido transitava normalmente até o ponto da emenda, a partir dali era um esborrifar incessante de água para todos os lados. Olhou para o menino, que a esta altura já estava todo molhado e num sorriso só, e pai perguntou-lhe:

- Sabe por que a água está vazando na emenda?

- Não! E não estou vendo nada de Preposição!

- O vazamento é ocasionado pela falta da conexão perfeita entre os dois canos! Vou colar um conectivo entre os canos e depois da secagem da cola faremos um teste!

O pai lixou cuidadosamente a parte interna do conectivo lixou também as duas pontas externas dos canos a serem coladas. Colocou colas no conectivo e nas pontas dos canos e juntou-os. Não esqueceu de aproveitar e ensinar o trabalho de um Encanador.

- A gente lixa bem essas partes para proporcionar uma melhor colagem, é a mesma coisa que se faz com as palavras. Não com a lixa, mas escolher bem ela para obter a melhor ligação! Uma conexão perfeita entre os termos. É isso que se faz com as preposições!!

Sob os olhos abertos do filho, o pai fez a colagem. Esperou alguns minutos e ligou a torneira novamente, O líquido percorreu toda a extensão da mangueira sem que houvesse um vazamento sequer no local da emenda. O filho olhou a cena e com um semblante de interrogação falou:

- E como eu aplico essa teoria dos canos na gramática?

- Simples! Pegaremos duas palavras, por exemplo, o verbo "gostar" e o substantivo "doce" e com estas palavra formaremos a frase "Gosto doce"! Está vendo filho! Estas palavras não se encaixa perfeitamente, tal como no início da nossa experiência com os canos! Teremos então de observar o sentido que queremos dar a frase e localizar uma preposição que se encaixe perfeitamente entre as duas palavras e dê o sentido desejado.

Em seguida pegou um papel e escreveu três frases:

- Observe estas frases:

a) Gosto com doce!

b) Gosto para doce!

c) Gosto de doce!

Continuou:

- Olhe bem e procure o sentido destas frases. Verifique qual delas possui uma ligação perfeita, como as dos canos em nossa experiência!

- As três estão certas pai!

- Não filho, preste atenção no sentido! A letra "a" depende de uma informação anterior, o mesmo o corre com a letra "b"! A que restou é a letra "c" pois depende de si própria, já que a conexão entre os termos pela preposição "de" é perfeita!... Este é o fundamento da preposição, é a de ligar os termos entre si conforme o sentido desejado!

O pai olhou para o filho e aguardou. O garoto ainda com a testa franzida não disse nada. Esperou mais um pouco e perguntou:

- E então filho?

- Lindo pai! Gostei muito da aula de encanamentos e de preposição!!

- Foi o máximo que eu pude fazer!!

- Posso pedir mais uma coisinha para o senhor, pai?

- Sim filho!

- Na semana que vem, vou ter aula de advérbios! Não jogue fora os canos que a gente pode precisar!!
( Ademar Oliveira de Lima)

Exercitar a leitura é alimentar o intelecto!!!


http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=114411
Levantei-me mal-humorado e uma crase sonolenta (teimosa, humilhante e inconveniente como sempre) arrastou-me à toalete matinal. Encarei o espelho, vi-me como um objeto direto reflexivo e não gostei do meu rosto, aquele objeto indireto amassado e intumescido pela ressaca. Lá no quarto, numa cama quentinha, dormia intransitivamente minha mulher ( sem dúvida o mais belo e perfeito substantivo ): o corpo bonito e macio, os cabelos negros e perfumados, o sono tranquilo e justo, enfim, com todos esses adjuntos adnominais que, inexplicavelmente, os maridos (jumentos insensíveis) ignoram.
Naquele momento, frente ao espelho, eu me odiava porque, na noite anterior,perdera como o mais-que-perfeito dos idiotas tudo o que havia ganhado no mês. Enquanto escovava os dentes, eu escolhia (para mim mesmo) algunsadjetivos – imbecil, dissipador, pródigo, párvulo, inconsequente -, como também alguns substantivos epicenos – anta, jegue, socó, ameba -, mas tudoaquilo não passava de um demonstrativo neutro, pois meus remorsos pediam um castigo maior, uma autoflagelação islâmica.
Meu caráter deficiente, defectivo não conseguia reaver minha autoestima. E o pior, eu não tivera coragem de contar tudo à minha mulher – a mulher é o nossocomplemento nominal¸ mas eu tivera medo da verdade, da realidade!
Comecei, então, a repassar o que ocorrera na noite anterior.
Bem, à noite – essa locução feminina tão romântica, mas tão traiçoeira – o Osmar, um velho amigo, convidou-me para uma cervejinha. No bar, ele apresentou-me uma linda mulher, com predicativos fantásticos: era bonita, inteligente e sensual. Fomos para um boliche, embora ( sem concessões ) eu odeie boliche e apostas. A mulher, contudo, era irresistível, tinha o poder da sedução, do amor, do amar – esse verbo transitivo direto. Era isso que ela era: sem rodeios, sem preposições – objetiva e direta!
Eu disse que não gostava de boliche e apostas. Ela fez beicinho, arrebitou o narizinho...e convenceu-me. E toda vez que me negava a apostar, havia a interferência do impessoal Osmar: ele era assim, não concordava com ninguém. E como haveria de concordar se seu próprio nome era um erro deconcordância? Por que Osmar, e não Os Mares?
Via-se, como um sujeito passivo que eu sempre fui, que a mulher dominara-me completamente. A cada aposta, meu suado dinheiro era transferido para a sua bolsa.
Agora, às 7 da manhã, aqui neste banheiro, estou acuado: chove lá fora, mas meus credores são inflexíveis como os verbos impessoais e me esperam. Sem dinheiro e cheio de credores, eu estou indeciso, sem poder determinar o que farei. Dizem por aí que sou um sujeito indeterminado, indeciso.
Como disse no início desta narrativa, sou um ser deficiente, defectivo: nunca meprecavi. Perdi tudo, tudo mesmo! Fui a bancarota, fui a falência – perdi até as crases...


http://www.meionorte.com/pauloroberto,uma-cronica-gramatical,101661.html

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender


1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".

8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.
Luís Fernando Veríssimo